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Três línguas, de Verônica Ramalho. São Paulo: Córrego, 2021.

100 p. 13 x 18 cm. ISBN 978-65-88822-14-2 

Três línguas, de Verônica Ramalho

R$ 30,00Preço
  • Em “Três línguas”, a experimentação da linguagem realça o absurdo em um texto estruturado pelo som. A busca pelo insólito opera jogos de palavras, inversões, omissões e uso de termos inusuais em versos-parágrafos que testam os limites entre prosa e poesia. Os poemas do livro são divididos em três narrativas surrealistas nas quais a angústia orienta corpo e mundo, que se aproximam e se afastam em movimentos de criação, confronto e dança. 

    A autora promove uma experiência pautada pela corporeidade que se inicia com “Deos”, uma cosmogonia narrada em primeira pessoa por um ser informe que progressivamente define as partes de seu corpo e cria seu entorno com resíduos de si. Na sequência, "Antígona" é uma livre variação da personagem trágica, reinterpretada e atualizada. O caos da relação da protagonista com a cidade é reforçado pela supressão de alguns elementos gramaticais, deixando à tona apenas núcleos enunciativos. Por último, em "Jardim", a paisagem é formada de carne, superando os resquícios corporais da primeira parte e o inorgânico urbano da segunda. Nesse jardim incomum, habitam dois seres que o organizam em sentidos contrários de deleite e fuga. 
     

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